Estudos e Reflexões

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O Garimpeiro III

O GARIMPEIRO


Uma história Real


                                           Volume III

                                                            

                       INDICE


Prefácio…….................................................................. ........Pag.
Parte I    -   O Inicio da Jornada.......….................................. Pag.
Parte II   -  Quijarros, Porto Suares- Bolívia.................…......Pag.
Parte III  -  Santa Cruz- Bolívia.......................................….. Pag.
Parte IV  -  Inicio de uma nova aventura..........................…. Pag.
Parte V   -   O retorno a Bolívia……..................................... Pag.


                                                            
                                           Prefácio


Depois que houve a falência da LAPIDAÇÃO  LANES & LANES LTDA,  fiquei  em uma situação um tanto
delicada, mas nunca desanimei, pois continuei a  trabalhar comprando e vendendo pedras, só que em baixa escala comercial.
Prestei serviços a outras pessoas na administração de garimpos, uma delas foi a minha ida até a BOLIVIA país vizinho ao nosso BRASI.
Esta é uma historia muito interessante, pois estava em país vizinho de lingual Espanhola onde havia uma mina (garimpo) de Ametista bicolor.
A nossa jornada era para encontrar um garimpo antigo onde antes tinha produzido muitas ametistas segundo a informação de uma boliviana viúva de um oficial do Exercito daquele País. 
                                                                                            O Autor

                                                  


                                           Parte I

O inicio da Jornada à Bolivia


Iniciamos a nossa viagem para a Bolívia no dia 05 de maio de l993 as 4h00m em uma  bela madrugada de uma quarta-feira.
Despedi-me de minha família, minha esposa Dilma e meus filhos Adriana, Renata e Celso Junior.
Éramos 3 nesta aventura, Washington (mais conhecido como baiano)  Daniel e Eu.
Entramos na cabine de uma camionete D-20 novinha em folha com apenas alguns quilômetros rodados, o motorista era o Washington, o Daniel ia ao meio e eu na beirada (ou na porta), todos três trabalhando  com pedras.
Estávamos indo nesta empreitada em nome de meu primo o Paulo Maloca, que estava financiando a  nossa ida e estada na Bolívia.
Foi um inicio alegra e cheio de expectativa, pois íamos à busca de um garimpo de ametista, pedra muito cobiçada entre os gringos (americanos, canadenses, suíços, japoneses etc.) em fim  por todos joalheiros de todo o  mundo nacionais e internacionais (isto você podem comprovar relendo o volume I desta história real).
A pedra ametista que escrevi sobre ele no volume I era apenas roxa  ou lilás, esta que íamos a busca tinha duas cores o lilás e o amarelo ouro, portanto bicolor (ame-trine).
A viagem transcorria em muita camaradagem, pois éramos amigo e colega de profissão (e continuamos até hoje).
Nos não tínhamos pressa, pois a viagem era longa e não havia necessidade de correria.
Paramos para almoçar após Belo Horizonte, e, como (não gostamos muito de carne ???) paramos em uma bela churrascaria para saborear uma picanha mal passada regada a uma coca-cola estupidamente gelada.
Após abastecermos nossos estômagos era a vez da D-20 ser abastecida, e assim o fizemos, e, logo após reiniciamos a viagem, sempre apreciando a paisagem e conversando sobre tudo que nos vinha à mente.
A nossa rota até a Bolívia foi: Governador Valadares, Ipatinga, João Monlevade, Nova Era, Belo Horizonte, Para de  Minas, Luz, Campos Altos, Araxá, Uberaba, Campos Florido no Estado de Minas Gerais.
Comendador Gomes, Frutal, Planura, Barretos (a  onde dormimos), Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Pereira Barretos, Andradina no Estado de São Paulo.
Três Lagoas, Águas Claras, Ribas do Rio Pardo, Campo Grande(a onde dormimos), Terenas, Aquidauana, Miranda, Corumbá no Estado de Mato Grosso ( onde fizemos o nosso quartel general).
Aconteceu um fato muito curioso, ou melhor,  dizendo, humorístico, quando trafegávamos  pela rodovia Washington Luiz em alta velocidade.
O Washington (curiosidade o mesmo nome da rodovia) é pé quente ( como se diz na gíria, corredor) e estava a mais de 180 quilômetros por hora.
A rodovia com 4 pistas e com muitas retas. Ai, ele afundou o pé.
 Não demorou muito e de repente um guarda rodoviário no meio do asfalto fazendo sinal para parar.
  Parar! Mais como com esta velocidade? Esta em uma velocidade de formula (1) um,  tanta velocidade que o Washington só parou após passar por ele.
Parou a D-20 e deu marcha ré até aproximar-nós  do guarda.
Este muito educadamente nos cumprimentou e solicitou os documentos do veiculo e a CNH do Washington dizendo:
-Os documentos, por favor, do veiculo e sua habilitação.
Recebeu os documentos olhou-os e disse:
-Muita pressa mineiro? Você estava a mais de 180 km por hora!
Falou dirigindo-se ao Washington.
                 O Washington então se desculpou dizendo:
-É que nos perdemos lá atrás na outra estrada até chegar a Washington Luiz.
-E vieram tirar a diferença na minha rodovia?
Ato continua disse:
-Olha! Ainda é colega.
O Washington e cabo reformado do Corpo de Bombeiro da Policia Militar.
E em seguida devolveu os documentos para o Washington e disse:
-Pode ir! Não! Não! Espere, o colega esta multando o outro motorista deixe ele sai primeiro para depois você pode ir  para que ele não  se sinta prejudicado.
E disse muito cortes.
-Por favor, diminua a velocidade.
O guarda um homem muito alto, magro  em seu uniforme impecável, bota de cano alto, boné de motorista particular, tinha mais ou menos 1 metro e 90  ou 2 metros de altura. 
Quando o outro veiculo saio, o Washington sai em seguida cantando pneu; e eu imediatamente olhei pelo retrovisor e vi o guarda no meio do asfalto balançando a cabeça.
Viajamos umas 6h00m até chegar a beira do Rio Paraná divisa de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Passamos sobre a barragem e  a vista a jusante e muito linda um mar de água doce que vão até as montanhas. Água limpa até onde a vista alcança quase não da para descrever a beleza  deste rio.
 Atravessamos e entramos no Mato Grosso do Sul  na cidade de Três Lagoas.
A cidade muito limpa, uma beleza, terra de fazendeiros.
A rodovia corta a cidade em toda a sua extensão, casa pintada com varias cores, mostrando o bom gosto dos moradores.
Após atravessarmos Três Lagoas às retas e planície continuaram.  Eram retas  imensas, andávamos, andávamos, mas a paisagem nunca mudava até atingirmos a cidade de Águas Claras.
Após esta cidade  prosseguimos até a cidade de Campo Grande e Município Brasileiro da Região Centro Oeste, Capital do Mato Grosso do Sul, fundada a mais de 111 anos  por colonizadores Mineiros que vieram aproveitar as pastagens e as águas cristalinas.
População acima de 750 mil habitantes onde se encontrar Espanhóis, Italianos, Portugueses, Japonês, Sírio-Libaneses, Armênio, Paraguai e Boliviano.
A Cidade é plana em toda a sua extensão não muito diferente das outras que cruzamos ao longo da rodovia, a não ser no tamanho.
                 Chegamos a Campo Grande já escurecendo e nos hospedamos.
Tomamos um bom banho e saímos para jantar; a comida não era muito boa, mas havia necessidade de nos alimentar, pois iríamos dormir e levantar cedo para prosseguirmos a viagem.
No outro dia levantamos tomamos  café,  eu aproveitei para ler as Escrituras e orar por minha família e nossa viagem.
 Viajamos mais uma 4h00m até a beira do Rio Paraguai onde atravessamos de balsa uma travessia muito longa, mas gratificante por vermos os animais ao longo do rio.  
Todas as propriedades que víamos ao longo da rodovia eram lindas, com pastagens bem cuidadas, e o gado nelore todo branco, ao longe pareciam algodão de tão alvos no meio do capim verde.
A rodovia que liga cidade de Campo Grande a Corumbá é a Transpantaneira, após passarmos por  Aquidauaná  iniciamos uma aventura nesta rodovia,  pois tanto do lado direito como esquerdo  ao logo da mesma era de ( pântano) isto é alagado.
Pudemos apreciar os inúmeros pássaros como Garças, Martins Pescador, Gaviões, Marrecos, Tuiuiú, Soco, Irerê, Frango D’água, era tantos  que não me lembro mais,  e de vários animais como Jacaré, Capivara, Veado Pantaneiro e sucuri. 
A estrada tinha sido construída no meio das águas do pantanal, portanto  tinha que ter vários animais, além disto, erra muito alta nos possibilitando a visão bem ampla e distante.
Resolvemos parar e apreciar esta maravilhosa natureza feita por DEUS, para o ser humano a desfrutasse com toda liberdade.
Mas, que o homem tem feito e degradar o ambiente, a fauna e flora e por isso  tinha que ser fiscalizada contra os maus usuários.
O Washington, apanhando uma pedra a atirou nas águas e logo dois enormes jacarés entrar para ver do que se tratava; talvez um animal que caiu ou um peixe maior Vimos uma fêmea de jacaré com aproximadamente uns 20 filhotes.
De repente o  Daniel  gritou.
-Olhem quanta capivara, vejam os filhotes.
As capivaras enormes com seus filhotes estavam em uma ilhota no meio do banhado tomando sol  na maior tranqüilidade.
Os pássaros alçaram vou quando ele gritou.
Uma nuvem de pássaros de varias cores e tamanho.
 Os sons emitidos por eles e enorme.
Ao longe  vimos uma arvore seca e sobre ele dois tuiuiú que estava construindo seu ninho de galhos secos ( esta ave e o símbolo do pantanal) toda branca com o pescoço, cabeça  e pernas pretas (por sinal que pernas, longas e negras, uma pernalta  medindo  mais ou menos de 80 a 1 metro do pico aos pés.
Ele apanha o peixe e o joga para cima e abrindo o bico o engole inteiro
Eu olhando mais a frente disse:
-Olha os jacarés com os filhotes. Veja o tamanho daquele  lá, deve ter uns 3 metros de comprimento.
Depois de tirarmos algumas fotos entramos no carro e prosseguimos a viagem ate chegando  margens do Rio Taquari.  
Entramos na balsa que nos transportaria até a outra margem;  a travessia era longa, mas não enfadonha,   pois víamos vários animais nadando, e aproveitamos para comer peixe frito que as crianças vendiam. Por sinal muito saboroso.       
A nossa viagem  de Governador Valadares-MG até a cidade de Corumbá durou (2) dois  dias e meio e duas noites.
Chegamos as 10h30m, e nos  hospedamos.
Tomamos um bom banho e fomos almoçar.
A comida não era lá estas coisas, mas tinha arroz, feijão, carne, ovos, salada e macarrão.
Após o almoço fomos tirar uma soneca, pois o calor era muito forte e com a barriga cheia ficamos sonolentos (com preguiça melhor dizendo).
À noite saímos um pouco para conhecer a cidade, mas foi só uma volta para não nos perdermos, pois não tínhamos conhecimento da cidade, logo fomos dormir.
Levantamos lá pelas 8h00m da manhã, fizemos nossa higiene matinal, eu aproveitei e fiz o culto domestico e depois fomos tomar o café.
Resolvemos dar uma volta para conhecer a Cidade, ela fica as margens do Rio Paraguai, e tem uma visão panorâmica, pois a cidade fica em uma parte elevada e outra abaixo, ficando o comercio na parte alta e o porto na parte baixa com seus armazéns antigos para cereais.
O porto é muito grande com varias embarcações.
Tanto para o  trabalho como para os turistas (as famosas gaiolas) que transportam varias pessoas para irem pescar no rio e lago que o mesmo formava.
As pessoas saem em busca dos pintados, cachara, pacus, piraputanga  e o dourados  tão famoso na briga para escapar do anzol.
É uma cidade muito bonita sobre tudo a vista que dela se obtém do lago que  é formado pelo Rio Paraguai, uma imensidão de água dando a cidade um ar de portuária.

               
                  
                       


                         Parte  II

Quijarros,  Porto Suares -  Bolívia


Encontramos pessoas de vários lugares em Corumbá, principalmente Bolivianos, além de várias outras nacionalidades que por ali passavam ou estava de férias para pescar.
No outro dia trocamos alguns dólares por bolivianos, o valor de um dólar equivalia a 4 bolivianos e meio.
 Saímos da casa de cambio com os bolsos recheados de notas bolivianos e nos dirigimos a Quirarro a primeira cidade fronteiriça com o Brasil depois vem Porto Soares.
Passamos na aduana (fronteira), mas não fomos incomodados, a policia Federal não se incomoda de vistoriar os veículos que passam por ali, a camionete que estávamos estava alienadas ao banco financeiro, portanto não poderia sai do país, além de 2 revolveres que o Washington estava levando no porta luvas.
Entramos na Bolívia na maior tranqüilidade e fomos até o posto de Migração para apanhar o visto de turista, chegamos e pedimos licença para entra.
Eu disse em bom espanhol, não prtanhol:
-Com permiso.  (Com licença)
-!Pase! !Pase!  (Entre! Entre!
Esta foi à resposta que tivemos.
Entramos no Posto de Migração e apresentamos nosso passaporte para serem carimbados como turista e nos foi perguntado:
-?Cual Razon su visita em Bolivia? (Qual o motivo de sua visita a Bolivia?)
Eu de pronto respondi:
-Somos Turista.
-Bueno!  (bom!)
Após recebe os passaporte carimbados eu disse
-Muchas Gracias. (Obrigado).
A pessoa que nos atendeu somente fez um leve sorriso, mas não disse nada, então saímos do Posto de Migração e voltamos para o carro, ai fomos interpelado por dois bolivianos que nos disseram:
-Queris vender lo coche? La camioneta?  (quer vender o carro? A Caminhonete?
Então eu disse:
-De Nengún Modo! Gracias.  (Não, Obrigado).
Entramos no carro e retornamos a Corumbá, passando novamente pela Aduana (fronteira) sem sermos objeto de vistoria ou interpelação pela Policia Federal e retornamos ao hotel.
No outro dia viajamos para Santa Cruz a onde iríamos encontrar um grande fazendeiro que tinha um garimpo de Água Marinha e ver a possibilidade de explorar esta mina.
Chegamos a Quijarros e nos dirigimos para a Estação Ferroviária e compramos as passagens para  Santa Cruz  e embarcamos as 15h00m no Famoso ‘trem bala Boliviano,’ (eles o chamam de trem bala devido  desenvolve uma velocidade de 50 quilômetros por hora), o que para eles e um jato, visto que nem estradas de rodagens existiam na região compreendida de Porto Soares até Santa Cruz, somente através dos trilhos da ferrovia.
Os vagões estavam lotados, nos assentamos e a viagem iniciou; era uma viagem tranqüila com muitos solavancos, mas dava para agüentar.
La pelas 19h00m passou um condutor e exibindo um bloquinho e  falando:
-Cenar! Cenar!  (jantar! Jantar!).
Era o momento propício para se encomendar o jantar, então o Daniel que já tinha feito este mesmo trajeto anteriormente disse:
-Três, por favor.
O condutor retirou três papeizinhos e entregou a ele e disse:
-Quince Boliviano. (quinze bolivianos).
O Washington enfiou a mão no bolso e pagou o valor solicitado, e o condutor disse:
-Muchas gracias. (muito obrigado).
E continuou a oferecer á janta pelos vagões afora, sempre gritando e balançando os bilhetes do jantar.
Após aguardarmos uma hora cegou o jantar, o valor de uma refeição na Bolívia era muito barato em vista do dólar.
O jantar  consistia basicamente de arroz, maçarão e frango (arroz, fideo e pollo), o boliviano não come sem o macarrão (fideo) e o frango (pollo), e gostam muito de abobora (calabaza).
Depois de jantar resolvi dar uma esticada nas pernas e sai andando no vagão e fui até uma plataforma no final do mesmo, mas logo fui interpelado por um condutor que me disse:
-!O senor! no pode quedarse aça pois !ha! peligro! ( (O senhor não pode ficar aqui, pois e perigoso).
Depois perguntei a um brasileiro que estava viajando no mesmo trem  porque não podia ficar na plataforma, e qual era o perigo?E ele me explicou:
-Ele diz que o trem  esta em alta velocidade, a 50 quilômetros por hora, e pode ser que com os solavancos você seja atirado fora do vagão.
Então resolvi tentar dar um cochilo mesmo com os solavancos e dormi um pouco, quando acordei já estávamos próximos a Santa Cruz.

                                     Parte III

Santa Cruz de La Sierra – Bolívia

       
Quando o dia amanheceu estávamos entrando em Santa Cruz as 07h00m, desembarcamos e fomos procurar um Taxi para nos levar até um hotel no centro da Cidade.
Chegamos e entramos no hotel e pedimos uma suíte com três camas, a recepcionista pediu que nos registrássemos, o que fizemos prontamente e em seguida pedi-lhe a chave e resposta foi que não tinha chave.
O nosso espanto e que os quartos ou suítes não tinham fechadura, portanto não tinha chaves, ai eu exclamei:
-! Senõrita ! ah Valor en nuestra saco! ( Moça! Tem valores em nossa bolsa)
A resposta foi curta e grossa, mas com fineza, e um sorriso nos lábios.
-No hai  ladrón em Bolívia! (não tem ladrão na Bolívia!).
Em seguida disse:
-Cerre la puerta Solamente. (fecha a porta somente).
Então fomos para a suíte; era espaçosa com três camas uma cômoda uma cadeira e uma televisão, além do banheiro.
Tomamos banho arrumamos nossas coisas e ligamos a televisão para ouvir as noticias, estavam falando de um protesto que aconteceria na praça e isto me aguçou a curiosidade e resolve  ir ver.
Terminei de me arruma e disse que iria até a praça ver o tal protesto, pois diziam que teria muitas pessoas por lá.
Fui até a recepção onde se encontrava a mesma moça que nos atendera quando chegamos, era uma bela mulher, bonita, simpática de traços finos e não como tantas outras que vimos ao longo de nosso trajeto de trem e de taxi.
Perguntei em um Espanhol bem polido onde ficava a praça que aconteceria o protesto, pois era uma Senôrita mui hermosa, (era uma Moca muito bonita), e eu não poderia deixar de ser cavalheiro.
Ela muito gentilmente me disse que não fica muito (lejos) longe, mas que seria muito perigoso ir sozinho e ela mandaria um dos rapazes irem comigo.
Aceite de imediato e lá fomos-nos, no trajeto ele me disse que eu ficasse atento a ele, pois se fosse haver confusão ou tiros era para eu corre o mais rápido possível junto com ele.
A praça muito bonita ficava a ums (6) seis quarteirões do hotel, e já estava tomada de gente gritando chavões de ordem ou protesto.
Ficamos por ali ouvindo, mas de repente varias viatura do exercito cheia de soldados cercaram um lado da praça e um oficial com um megafone gritou para dispersa, pois em 00h05m mandaria díspar contra todos.
O Pepe (nome do rapaz que estava comigo) disse (prisa-prisa) (corre-corre), e saiu em disparada e atrás dele corremos até o hotel, e o povo em dispara disputava conosco os espaços das ruas.
Quando entramos correndo a moça estava rido de nos ver chegar a desabalada carreira.
Quando estávamos no hotel eu perguntei ao Pepe se realmente ele iria atirar e ele me disse sem sombra de duvida que iriam, este é o motivo que todos correram, pois já conheciam a atitude do exercito no seu país.
Depois desta explicação o melhor era voltar ao meu aposento onde o Washington e Daniel  estava dormindo a sono solto com a televisão mostrando a praça vazia, somente o exercito  continuava lá, (Mais a frente vai mostra a você porque a população dispersou tão rapidamente da praça com medo do exercito).
No outro dia fomos à busca do fazendeiro a que viemos contatar. 
Após telefonar para o mesmo,  ele  nos deu o nome de um clube onde poderíamos aguardá-lo.
Quando lá chegar  era para  falar com o porteiro quem  nos havia indicado o clube.
Assim procedemos e fomos diretamente ao referido lugar, e quando lá chegamos encontramos um porteiro todo bem vestido o qual nos perguntou o que desejávamos, informamos que estávamos ali em nome de Dom Fernando, e que era para nos o esperarmos no clube.
Assim que pronunciei o nome de Dom Fernando, os olhos do porteiro arregalaram e  as porta do clube se abriram por completo para nos.
Fomos conduzidos por um garçom muito bem vestido  até uma mesa no meio do salão o qual estava cheio de pessoas bem vestidas em uma conversa animada.
O clube dava para notar que  era particular (somente para sócios), pois as pessoas que ali estavam dava para ver que eram abastadas.
Naturalmente fazendeiros, comerciantes, industriais, médicos etc.
A mesa a qual fomos conduzidos estava  (2) dois cavalheiros os quais nos cumprimentamos  com um aceno de mão  e um gesto de cabeça pelo que nos  respondemos e nos assentamos.
Após aguardas uns 00h20m, apareceu na entrada do salão um cavalheiro elegantemente vestido de cabelos grisalhos trajando um belo terno bege  feito sob medida, e conforme ia passando em torno das mesas todos se levantavam e o cumprimentava.
Aproximou-se da mesa onde estávamos os dois homens que ali estavam levantaram-se rápidos e o cumprimentou muito cortes, então ele se aproximou de nos que também levantamos, e ele nos disse estendendo a mão em nossa direção em um cumprimento franco.
-Buenos dias! Sou Dom Fernando.
Apertei a mão a mim estendida e disse em espanhol:
-Sou Celso!  Mucho gusto.  ( Sou Celso! Muito prazer).
Ele cumprimentou a o Washington e o Daniel,  e assentou-se.
Apresentou os dois cavalheiros que estavam na mesa e iniciamos um papo descontraído bem trivial sobre a nossa viagem e se já conhecíamos Santa Cruz respondemos que era a primeira vez que ali estávamos somente o Daniel já a conhecia.
Após estas primeiras palavras,  e em meio à conversa ele nos perguntou em que poderia servir-nos;   respondemos que ficamos  sabendo que ele era dono de uma (hacienda) fazenda onde tinha sido descoberto no passado  um veio de Ametista,  e nos éramos especialistas em minas e queríamos saber a possibilidade de explorá-la  com sua permissão.
Ainda sem dar a resposta ele nos perguntou se gostaríamos de um cappuccino, aceitamos e ele fez um gesto com a mão e prontamente atendeu um garçom muito solicito.
- Seis cappuccinos!
Em quanto o cappuccino não chegava ele nos disse em resposta a nossa pergunta para procurá-lo em seu escritório no dia seguinte e nos deu o seu cartão.
Conversamos mais um pouco sobre garimpo e logo chegou o garçom com o cappuccino.
Tomamos o mesmo, e logo após ele despediu-se  levantaram e foram embora; em seguida o garçom trousse a nota da conta, Quinze bolivianos, tivemos que pagar.
Pagamos e fomos embora do clube.
Saindo do clube resolvemos dar uma volta pela cidade e conhecer os seus pontos turísticos, fomos até o centro onde funciona uma feira livre permanente, então Washington olhando para o outro lado da rua disse:
- Olhem! Uma loja de armas, vamos até lá?
Atravessamos a rua e entramos na loja, tinha arma de todo o calibre, e ele que era militar ficou encantado com tanto armamento, e logo viu uma 9 mm e perguntou:
-Quanto custa? MIRA? (QUANTO CUSTA? OLHAR? ).
Eu e o Daniel  caímos na gargalhada, pois ele perguntava o preço e depois pedia para olhar, era bem hilária a pergunta, mas ele nem ligou e continuou a perguntar da mesma forma tudo que lhe interessava.
Ele queria comprar a arma, mas eu disse que na fronteira  podeis ter problemas, pois estávamos em um país vizinho e tinha que ter nota fiscal, ainda assim a arma poderia ser aprendida como contrabando; então ele desistiu.
Continuamos a nossa andança pelo mercado livre que tinha o nome de  (siete Calle) SETE RUAS,  isto porque sete ruas  convergiam exatamente onde estava o mercado livre.
Olhava, perguntava o preço e assim fomos passando o tempo ate que o Washington viu umas camisas de seda importadas da França (pois quase todos os artigos importados na Bolívia vinham da França) e resolveu compra algumas, e fez a famosa pergunta  (quanto custa? Mira?)
Comprou 3 camisas, 1 cinto e 1 par de botinas, ele pagou por tudo  US$ 16,00 (dezesseis dólares ou 64 bolivianos, uma pechincha  em vista do preço aqui no Brasil) após acertar com o dono da loja fomo em busca de um restaurante, pois já passava das 11h00m.
Encontramos na própria feira vária restaurantes, um perto do outro, entramos em um pedimos 2 refeições, mas eles disseram que era (Pf) prato feito conforme nos falamos aqui no Brasil, aceitamos a oferta e em menos de00h20m fomos servidos (arroz, macarrão(fideo) e meio frango(pollo) frito inteiro para cada um de nos.
O frango estava muito quente, pois tinha sido frito na hora, pedimos alguns refrescos e nos foi servido  ( AL JUCO DE MELACOTÓN), suco de pêssego;  almoçamos e ficamos satisfeito.
O Washington que era o responsável pelo caixa pagou e nos fomos  em busca da Interpol  (policia internacional) onde devíamos nos apresentar já que  éramos forasteiro e estávamos lidando com pessoas ligadas ao garimpo de pedras e ouro (por sinal muito perigoso por tratar-se de valores ).
Ao chegarmos  a Interpol aconteceu um fato curioso e preocupante até certo ponto. Eu que estava sempre à frente nesse momento por falar Espanhol me adiantei e disse:
-?Con permiso? (com licença?)
A resposta foi imediata.
-A delante, A delante (adiante,adiante)
Entramos em um gabinete austero, mas simples onde se encontrava assentado um cavalheiro bem trajado com um emblema da policia internacional no peito.
Após cumprimentá-lo e nos apresentar e expor o motivo de nossa ida até a Interpol apresentamos nossos passaporte os quais ele folheou e vendo vários visto no passaporte do Daniel  perguntou:
-?Usted no vena aqui da outra vês? (Você não veio aqui da outras vez?) Suyo pasaporte no !ah visto internacional! (seu passaporte não tem visto internacional!).
O Daniel  preocupado desculpou-se dizendo:
-Eu não sabia que tinha que passa aqui na Interpol, me desculpe pela  falta de sabedoria no assunto.
A importância da Interpol  e caso haja necessidade  de localizar alguém em outros pais eles estão a par por onde você entrou, pois constara em seus arquivos de onde você veio e para onde você foi.
Recebemos os passaporte junto com um documento que nos permitiria livre acesso no País sem os passaporte.
Ao entregar-nos o passaporte o Agente deu um sorriso e disse:
-Bievenido ah Bolívia!  (Bem vindo a Bolívia).
-Mucha Gracias. (muito obrigado)  respondi eu.
Saímos da Interpol e fomos tomar um café reforçado, pois  já passava das 14h00m.
As cafeterias são verdadeiro luxo, poltronas amplas em vime, mesas com toalhas bordadas, ar condicionado, verdadeiros requintes para o chá das 17h00m; tinha bolos de vários sabores com coberturas  servidos com chá, um luxo (o preço tambem, não ficou por menos de US$15,00 quinze dólares ou 60 Bolivianos) um assalto, mas nos tínhamos que nós  mostrar, que éramos cavalheiros em viagem de negocio (Há! Há! Ha! estou rindo) de nossa idiotice.
Após o chá, retornamos ao hotel para curtir a burrice e ri a valer.
No outro dia levantamos cedo; tomamos o café no hotel e saímos em direção ao escritório de Dom Fernando.
Já na entrada  dava para ver que se tratava de pessoal muito rica (como vimos no clube).
Ao entrarmos no pátio vimos vários montes de água marinha amontoado ou em sacos (pedras que dava para serem lapidadas) alem do cascalho e muitas ametistas.
Entramos, e, fomos recepcionados por uma (Señoriata ) moça; era a secretaria que nos cumprimentou:
-!Buenos dias!
-! Buenos  dias! Respondi eu.
Ela nos convidou a entrar em uma ampla sala, e,  nos  assentar, assim procedemos. Ficamos  aguardando por uns 00h10m quando ela retornou e nos convidou a acompanhá-la ate um escritório muito grande e bem cuidado com varias pedras sobre os moveis e quadro de animais nas paredes onde se encontrava o anfitrião Dom Fernando que nos cumprimentou muito polidamente:
-!Buenos dias!
Respondemos o cumprimento e ele nos convidou a assentar e começamos a conversar; a conversa foi breve, mas produtiva.
Expusemos o nosso propósito de estarmos ali ele nos ouviu atentamente depois quis saber onde queríamos explorar o tal garimpo.
 Falamos-nos que em uma de suas (hasienda) fazenda em Porto Soares.
Após ouvir o nosso interesse de explorar em sua fazenda o garimpo, apanhou um papel e uma caneta e escreveu uma autorização para que nos pudéssemos entrar e sai da mesma bem como explora o garimpo se o encontrasse.
Era uma espécie de salvo conduto, com suas iniciais, assinadas e carimbado.
Este salvo conduto nos proporcionou a movimentação nas estradas que cortava toda a região de Porto Soares, todos os seus municípios e distritos, pois em certos lugares existem uma (trança), uma corda ou corrente entendido nas estradas barrando o caminho, guardado por homens armados(até policiais) que cobram pedágio.
Com esta ordem ou salvo conduto nas mãos nós despedimos dele e retornamos ao hotel a fim de arrumarmos nossa bagagem e embarcamos de volta a Porto Soares na fronteira com o Brasil.
A distancia de Santa Cruz a Porto Soares é de aproximadamente 600 quilômetros e o trajeto leva em media 1 dia e uma noite no ( trem bala).
Chegando a Porto Soares, alugamos um taxi para nos levar até Corumbá. 
Lá chegando fomos para o nosso quarto, tomamos banho e fomos almoçar e depois dormir, pois no vagão da locomotiva era impossível dormir.


                                         Parte IV


Inicio de uma nova aventura

Descasamos bastante durante a noite, e quando o dia amanheceu estávamos prontos para a aventura que iríamos enfrenta.
Digo aventura, pois tudo era incerto não sabíamos onde era o garimpo ou até mesmo se ele existia, só tínhamos informações do Daniel que conhecia a mulher de um oficial do exercito que se dizia dona do mesmo.
Alugamos um carro chinês ou japonês por nome “vitará” tratava-se de um carro pequeno leve, mas com um rendimento ótimo (o que pudemos comprovar), pois ficamos com ele até o retorno a Governador Valadares.
A D-20 era muito nova para enfrentar barro, mato e estrada esburacada; e, de mais o aluguel era muito barato além da gasolina que custava 3/3  (três terços) mais barato que em Corumbá; no Brasil ele custava Cr$2,00 (dois cruzeiros) na Bolívia custava Cr$0,70 (setenta centavos de cruzeiro).
A Boliviana e sua filha era pessoa bem apresentada, traços finos, educados e bem trajados, não eram pobres nem ricos, mas morava em casa própria e bem mobilhada no centro de Porto Soares.
Este foi nosso engano, no  final ficamos conhecendo uma mulher egoísta aproveitadora, que não tinha e nem possuía o tal GARIMPO DE AMETISTA, com forme ela dia dizia ter.
O primeiro golpe foi: Ela queria 500 Bolivianos iniciais e mais 500 bolivianos quando encontrasse o tal ‘garimpo?’, alem da participação nos lucros.
Fomos até a sua casa e ficamos conhecendo-a; a primeira vista o Washington se derreteu pela sua filha, isso já era um mau sinal, pois ela poderia usa isto contra nos.
A Boliviana após nos ser apresentada disse que o garimpo era muito (acaudalado) rico, e que o seu marido tinha explorado  e retirado muitas pedras lá, mas que ela não sabia o local exato.
E disse que  nos iríamos ser guiado por um soldado do exercito, do qual seu marido (falecido) era um oficial graduado e de muito conceito no meio dos seus comandados (realmente, ao chegar  quartel todos a trataram com deferência e respeito).
Entramos no nosso carro (uma vitará) fomos diretamente ao quartel do exercito.
Na portaria, quando a sentinela há  viu abri a cancela e nos  entramos, indo direto ao centro do quartel onde descemos.
Ela nos conduziu até a sala junto a gabinete de um general.
Uma ordenança nos convidou a assentar e a levou até a sala onde ela entrou e em poucos minutos voltou com um cavalheiro grisalho trajando uniforme verde oliva, com varias medalhas no peito e nos foi apresentado como general (não me lembro o nome ).
Conversamos um pouco, e em seguida ele chamou a ordenança, e mando chamar o major Juarez, ao qual deu uma ordem em vos baixa e este prestando continência saio da sala.
Conversamos mais um pouco, e sendo argüido pelo general de onde éramos.
Logo após nos despedimos e fomos para o pátio onde estava o major com um soldado muito jovem aparentando uns 20 anos e ao ouvir as instruções de seu superior perfilou-se prestando continência afastou-se.
Como era bem sedo, e resolvemos iniciar a nossa busca.
 Após deixarmos a mãe e levando a filha dirigimos para o local onde iniciava uma trilha que conforme nos disse o soldado nos levaria até o local do garimpo.
Fomos de carro até o inicio da mata, estacionamos e seguimos o guia (o mateiro) como é conhecido pessoas que tem conhecimento de matas. O Washington apanhou logo a água a qual  ficando em sua responsabilidade.
O calor era muito forte e nos não sabíamos quanto iria andar (Mas foi um desastre antes mesmo de termos andado uma duas horas o Washington já tinha consumido os 4 litros de água) sem que nos soubesse,
Andamos, andamos,  até que eu desconfiei que estivessem   perdidos, pois passamos no mesmo lugar duas vezes.
Eu, com minha experiência em matas, não deixando  de observar a posição do sol quando entramos na mata.
Fui observando por onde passava, principalmente e o mais importante saber onde e nascente e  onde é o  poente,  e isto me daria à orientação exata onde estava.
Apesar de que, nas matas fechadas não se vê o sol, mas o musgo (musgo – camada verde de limo que recobre as arvores brota no lado nascente do sol ou seja, lado  norte).
Estamos andando em circulo, falei ao guia e ele me disse que não nos estávamos indo em linha reta, perguntei se estava longe e ele me respondeu:
-No mui lejos, esta cerquita. (não esta longe já esta perto).
Bem! Levantamos e continuamos mais uns 40 minutos até que passamos por uma picada onde deveria passar o gasoduto que viria para o Brasil,
                Ai vi que estávamos  perdido mesmo; imediatamente falei aos companheiros que não iria prosseguir, pois estávamos andando em circulo.
O guia disse que não, pois ele era mateiro experiente.
 Eu resolvi não prosseguir mais, e sugeri voltar.
Já não tinha mais água e já tinha andado mais de 4 horas; após algumas contradições pela filha da Boliviana resolvemos voltar.
 Então o (mateiro) disse é por ali mostrando a direção, eu porem  disse:
-Parem! O certo e por aqui rumo norte de onde viemos.
Tomei a dianteira e o pessoal me segui e em menos de 2h00m estava na (cabriteira) estrada, longe de onde entramos.
A sede era muita; e o pessoal estava  abatido devido a falta da água.  
Mas, prosseguimos, andamos até que vimos uma (hazenda) fazenda e nos dirigimos para lá.
Chegamos, e eu cumprimentei o proprietário em espanhol e perguntei se poderia nos dar água, o que fomos atendidos de imediato.
Eu disse ao pessoal:
-Não beba ainda! Espera refrescar um pouco o corpo  molhe as mãos os pulsos e a cabeça primeiro antes de beber.
Mas o Washington, muito afoito disse:
-Sou  bombeiro, e isto e bobagem.
E bebeu mais ou menos um litro de água, os outros seguiram meu conselho e não beberam.
Não passou uns que uns 00h15m e ele começou a vomitar, então pedi ao proprietário um pouco de sal e ele me deu, misturei com um copo de água e dei a ele para beber, ele bebeu e parou de vomitar.
-Celso! O que houve? Porque eu vomitei?
-Ora! Você estava desidratado e bebeu a água muito rapidamente e o seu organismo reagiu por falta de salinidade que hidrata.
- Bombeiro!  Há!
Disse eu! E todos começaram a rir até mesmo ele riu, pois estava se sentindo melhor.
Tomamos a água, agradecendo ao proprietário da fazenda, e retornamos estrada até o carro e voltamos a Porto Soares levando o soldado até o quartel.
Tentamos mais umas duas vezes com outro mateiro, mas não encontramos a tal (laguna)lago com o (morrito) morro que a boliviana sempre mencionava, mas nada, já estávamos a ponto de desistir.
Resolvemos fazer mais uma tentativa, pois a boliviana disse que tinha um amigo que poderia nos ajudar, no outro dia.
Levantamos mais disposto e saímos em busca do tal amigo dela fomos até sua residência, tratava-se de um gaucho casado com uma boliviana que tinha um restaurante as margens do lago do Rio Paraguai.
Fomos apresentados a ele e sua esposa e fizemos amizade  com eles passando a freqüentar seu estabelecimento, pois para lá convergiam muitos bolivianos e os oficiais do exercido que fica próximo dali.
Após 3 dias de espera aguardando o (mateiro) guia que ele disse ser uma pessoa conhecedora da região, apareceu no restaurante um cavalheiro de idade avança porem de um porte que apresentava ser muito forte, o qual nos foi apresentado como Dom Alfredo Vaca.
Após as apresentações, o Orestes ( gaucho) disse a ele que estávamos precisando encontra uma mina (garimpo) na região,
Iniciamos uma conversa sobre garimpo e ele disse que sabia onde se encontrava a mina em questão e que realmente ficava próximo a um (morrote) morro e a o lado de uma (laguna) lagoa.
-Yo conoco la mina (eu conheço o garimpo).
Então ele tirou um papa da bolsa e nos mostrou o local onde estava o morro e o lago, isto nos encorajou muito; pois até agora só ouvimos que (tinha), mas não havia prova.
Neste mapa vimos à região e a localização do possível garimpo.
Imediatamente começamos a traçar planos e a preparar para a ida no outro dia.
Dom Alfredo disse que não precisava levar muita coisa, pois o local não era( Muy lejos) muito longe, e que alguém nos iria levar de Jeep até a entrada da mata, portanto deveríamos levar mais água do que comida, pois estaria de volta em casa a noitinha.
No outro dia, uma quinta feira pela manhã embarcou no Jeep e lá fomos nós atrás maios uma vez do ( dito garimpo).
O local indicado por Dom Alfredo  fica muito antes de onde o soldado do exercito nos levou e onde iniciamos a busca do tal garimpo.
Dom Alfredo estava nos esperando na (hacienda) fazenda  (uma delas) de Dom Fernando  (aquele de Santa Cruz), rodamos por mais ou menos 01h00m, até onde o jeep não podia prosseguir e nos juntamos ao guia e iniciamos a caminhada a pé.
Colocamos nossas mochilas nas costa e adentramos à mata guiados por Dom Alfredo e um seu colega um nativo da região (um índio).
Andamos,  andamos até 12h00m (meio dia) ai paramos para almoçar, descasamos, e após o almoço uns 00h20 e logo após reiniciamos a caminhada, quando já era 16h00m  Dom Alfredo parou para tomar café.
Estávamos exausto, pois o sol forte e o calor nos sufocavam e o peso das mochilas contribuía para isto, ai resolvi perguntar ao Dom Alfredo se estava longe, pois já era 16h00m e nada, como faríamos para retornar até a noitinha como ele disse.
-Dom Alfredo, você disse que a noite estaria em casa, e até agora não chegamos e a água já esta no fim.
 (Yo habrei !) eu falei em espanhol, e a resposta que ele me deu foi:
-No estai mui lejos, estai cerquito, más 03h00m solamente. (não esta longe esta pertinho, somente mais 03h00m).
A resposta que ele me deu não agradou a ninguém, principalmente ao dono do Jeep que tinha vindo junto e trazia uma arma (uma carabina 44 de grosso calibre); disse que não era possível anda a noite na mata, pois região tinha muita onça  e nos não tínhamos nem lanterna para enxergar a noite, e, mesmo que estive perto como faria para voltar.
Em quanto Dom Alfredo fazia o café, nos reunimos e confabulava o que iríamos faze, cada um deu a sua opinião, e voto final foi voltar dali mesmo e retornar em outro dia mais preparado.
Quando me virei para falar com  Dom Alfredo a nossa decisão não o encontre e disse ao pessoal:
-Uai! Onde foi o guia? Não vejo nenhum dos dois?
Chamamos, gritamos e nada, nenhuma resposta! esperamos uns 00h20m e nada, então o Ruam o dono do Jeep  disse:
-!Queria come lo pecho! (queria comer o peito), isto é queria era ganhar o dinheiro que já estava no bolso dele.
Já que ele tinha nos abandonado resolvemos voltar para  aonde viemos; eu tomei a iniciativa em passos largos e depressa, pois a noite já estava se aproximando e como o Ruam disse o local estava infestado de onças perigosas.
Caminhamos por mais de 02h00m em marcha força, mas; eu não era muito jovem e tinha o peso da mochila e ainda sem água, ai o bicho pega.
Resolvemos parar um pouco para recuperar o fôlego, e este foi o maior erro de nossas vidas, pois eu após o descanso não agüentei levantar, as pernas não obedeciam, então eu disse:
-Pessoal! Me deixem aqui!  Prossigam, pois eu não agüento andar,  não tenho condições nenhuma de locomover-me.
Então o Ruam e o Washington  me colocaram de pé e apoiando começaram a andar, mas a sede era intensa e eu não consegui mesmo firmar os passos, o Daniel vendo a situação disse:
-Eu sou mais novo, vou até o Jeep apanhar a água e trazer para o Celso e para nos, devo voltar mais ou menos em 01h00.
E antes de qualquer resposta de todos, ele saio correndo e depois de uns 00h70m assoviou, pois tinha ouvido vozes, ele já estava próximo, ai o pessoal assobiou e daí a pouco ele chegou com uns 3 litros cheio de água.
Refresquei primeiro o pulso e a fronte e tomei um gole de água e isto me reanimou um pouco, falei para todos refrescarem o pulso e a fronte e tomar um pouco de água, e assim fizeram e nos conseguimos chegar o Jeep depois de umas 02h00m.
Até hoje agradeço a iniciativa e a coragem do Daniel em fazer tal percurso no meio da mata ariscando sua vida para salvar minha (um verdadeiro amigo obrigado Daniel).
Ao chegar ao Jeep lavamos o rosto os braços e a cabeça para refrescar e nos deliciamos com a água que tinha em abundancia no reservatório que estava no Jeep.
Quanto ao Dom Alfredo e seu companheiro não sabiam onde estavam assim embarcamos no Jeep e retornamos à Porto Soares.
Passaram 2 dias e recebemos um recado através do gaucho que Dom Alfredo Vaca esta muito doente na fazenda de Dom Fernando e pedia para nos irmos até lá.
Atendendo  ao pedido lá fomos nos  encontrá-lo,  chegamos  e os peões nos indicaram uma choupana à beira de uma lagoa onde o encontramos deitado, quando nos viu foi logo dizendo que nos o abandonamos na mata. 
Eu rebati de imediato dizendo que ele sim e nos deixou ao  nosso destino, se não fosse o Ruam o dono do jeep nos estaríamos fritos (ou melhor dizendo, comido pelas onças já que não tinha  armas nem lanterna).
 E, sem o jeep  demoraria até altas horas da noite; isto é se  conseguisse encontrar o caminho da fazenda  no escuro, sem contar os mosquitos, não adiantava repelente, pois eles picavam assim mesmo (tinha um milhão por centímetro cúbico) era necessária camisa de mangas compridas, bonés, calca e camisa com gola alta, mesmo assim eles ainda picavam o rosto.  
Era preto, enormes com um ferrão que mais parecia uma agulha, não respeitando nem mesmo o tecido da camisa, era um horror.
Terminando a conversa nos retiramos deixando ele ali e  retornamos a Porto  Soares e depois a Corumbá.
Depois de alguns dias descansando retornei a churrascaria em Porto Soares e encontre  Dom Alfredo, depois de o cumprimenta paguei-lhe o restante da empreitada  250 (duzentos e cinqüenta boliviano), pois nos tínhamos combinado  500 ( quinhentos peso boliviano ); e eu já tinha dado a metade mas ele falou ao gaucho  que queria mais dinheiro  do que foi combinado alegando que tinha ficado doente por nossa causa.
Eu a principio fui contra, mas nos estávamos em  país estranho,  e talvez fossem precisar novamente de um guia (menos ele) para tenta mais uma vez encontrar o garimpo.
Perguntei quanto ele queria e ele disse 50 (cinqüenta peso boliviano), pagamos e retornamos a Corumbá (isto veio a  confirmou o que o Ruam tinha dito, ele  queria era ganhar mais dinheiro) Comer lo pecho (comer o peito).
Depois de mais um fracasso o melhor era voltar para casa, mas  antes de retornar a Valadares a boliviana nos convidou a degustar uma (parrillada) churrasco, e lá fomos- nos, comemos muito, era carne de boi, tripa, coração e outros miúdos, não é um churrasco conforme nos costumamos fazer,  pois tinha vários miúdos no meio, mas estava gostoso e no final ainda tivemos que pagar a conta (ETA convite).
No dia seguinte  iniciamos a viagem de volta, após atravessar o rio na balsa, começamos a ver os bichos nos dois lados da estrada, jacaré, capivara, pássaros etc, mas o nossa maior surpresa era uma sucuri atravessando o asfalto.
Era uma cobra de uns 4 a 5 metros de comprimento e mais ou menos us 30 a 40 centímetros de circunferência, era muito grande, falei com o Washington para atravessar a camionete no asfalto para evitar alguém passar por cima e   matá-la com o carro.
Saímos do carro para apreciar melhor e fotografar tão linda espécie, o Daniel  estava com medo e ficou de longe, eu e o Washington chegou perto e eu disse para ele:
-Segura na calda dele para eu tirar um retrato.
Ele agarrou o rabo do monstro e ela deu um  puxão e ele foi de rosto (cara) no asfalto e nos rimos a valer enquanto ela acabava de atravessar a estrada e entrava na água do outro lado.
Muito linda o bicho, mas inofensiva no seco (perigosa na água), ela é de um amarelo ouro toda pintada de manchas marrom.
Ficamos muito contentes com as fotos dos pássaros, jacaré, capivara e agora uma sucuri, fizemos inúmeros planos para as fotos quando estivessem prontas, mas uma pessoa que não vou declinar o nome apanhou os negativos para revela e até agora não nos entregou (sumiu) disse ele.
Quando estávamos almoçando em Ribeirão Preto, vendo a corrida de formula 1, vimos quando o Airton Sena bateu o carro e morreu (AYTON SENA MOREU NO DIA 1º DE MAIO DE 1994 NO GP DE SAN MARINO EM ÍMOLA) de pois deste acontecimento não tivemos nenhuma novidade no resto do percurso, dormimos em Barreto – SP,  levantamos e continuamos a viagem até Governador Valadares.

Parte V
O retorno à Bolívia

Após o nosso retorno a Governador Valadares permanecemos 10 dias em preparativos para retornar à Bolívia, pois o Daniel  tinha entrado em contato com a pessoa que nos enviara anteriormente um mapa daquela região,   e ele ficou convencido que realmente deveria tem o tal garimpo.
Depois de tudo resolvido compramos passagem de ônibus (diga-se, de passagem muito desconforto e cansaço), pois o ônibus estava lotado de pessoa que iriam para Campo Grande e outras cidades na mesma direção.
Por tratar-se de uma longa viagem as pessoas levavam a matula ( Matula - alimentos  embalados e prontos para serem consumidos na hora que desejar), frango frito, carne de panela, sanduíches de presunto, ovos cozidos, farofa, garrafa com café e leite, biscoitos de vários tipos etc.
Todos estavam preparados para a longa jornada, como nos estávamos  no meio deles sempre nos ofereciam algo para nós,  o fazíamos também.
Algum levava colchões para dormir no corredor do ônibus, era difícil até para ir ao banheiro.
Com o passar das horas começamos a conhecer alguém e entravamos em longas conversas a fim de passar o tempo.
Era pessoas simples em busca de uma oportunidade nas regiões mais distante do Brasil ou outras que estava retornando a sua casa.
Após 3 dias e 2 noites chegamos a Corumbá e fomos direto para o hotel a fim de descansar.
Encontramos uma turma de Governador Valadares que estava garimpando ametista bicolor no pantanal da Bolívia.
Contei a eles a estória do tal garimpo e eles disseram que já tinha ouvido falar do tal garimpo pela boca de um boliviano que morava em Corumbá por nome Jaime.
No outro dia  foi a procura do Jaime que após fazer amizade com ele passei a chamar de ( Dom Raimito).  
Ai, aconteceu um imprevisto pois ele e o Daniel  já tinha tido um atrito e complicou tudo pois o Daniel  resolveu voltar a Valadares e eu fique sozinho em Corumbá.
A esposa de Jaime era evangélica e freqüentava Igreja  Assembléia de Deus e isto facilitou ainda mais nossa amizade. 
O Jaime que era bolivioano me disse que tinha uns amigos na Bolívia, Raul e Pepe (ambos pertencente a Igreja Adventista do 7º- Dia) que tinha conhecimento de um garimpo de uma pedra azul na região de Roboré  e que um amigo deles tinha uma pedra guardada.
Isto me interessou muito, pois pedra azul poderia ser Água Marinha, Topázio ou Turmalina (indigolita), então  fomos até a casa deles em Porto Soares e após os conhecer fizemos uma roda de terere  (Tereré trata-se da erva mate que se utiliza para o chimarrão porem é tomada com água fria).
Depois eu e o Jaime compramos passagem no Trem Bala e fomos até uma cidadezinha por nome (se não me engano) Rosalva  atrás de seu irmão Tino.
Fiquei conhecendo o Tino, magro alto com um sorriso largo no rosto mostrando de imediato uma pessoa alegre e amiga.
Ficamos hospedados na casa de outro de seus irmãos o Pablito,  onde fui muito bem tratado, como se fosse um da família.
Era época da copa do mundo de l994 e o Brasil iria jogar naquele dia contra a Bolívia e jogou derrotando a Bolívia por 2X0.
O (Jaime, o Tino e o Pablito) me convidaram para assistir o (juego) jogo a (peleia) luta ( com se fala por lá)  em um cinema, e para lá nos dirigimos quando entramos foi uma verdadeira ovação com gritos de BOLÌVIA, BOLÍVIA; BOLIVIA 5 BRASIL 0.
Eu fiquei na minha bem quieto.
Quando o Brasil fez o primeiro gol eu gritei muito alto BRASIL, BRASIL,  o silencio foi total, quando fez o segundo tornei a gritar, BRASIL, BRASIL  e foi um silencio até o final do jogo.
Ai pensei comigo estou frito quando saírem daqui vão me linchar, mas estava enganado todos me deram tapinha nas costas parabenizando-me, demonstraram serem muito mais civilizados do que( MUITOS) torcedores Brasileiros.
Depois disto voltamos a Porto Soares, Eu, Jaime e Tino.
Neste ano o Brasil foi tetracampeão  do mundo com uma delegação assim composta: Técnico CARLOS ABERTO GOMES PARREIRA  e os jogadores  TAFFAREL, JORGINHO, RICARDO ROCHA, RONALDÃO, MAURO SILVA, BRANCO, BEBETO, DUNGA, ZINHO, RAI, ROMÁRIO, ZETTI, ALDAIR, CAFU, MÁRCIO SANTOS, LEONARDO,  PAULO SERGIO, MÜLLER, RONALDO, VIOLA, GILMAR.  O jogo final foi contra a Itália, BRASIL 3 ITALIA 2, os jogos foram sediados pelos Estados Unidos da America – USA. 
E nos  formamos um verdadeiro time Eu, Jaime, Raul, Pepe e Tino, um quinteto dispostos a desbravar a Bolívia atrás de uma mina  (garimpo).
Mas para a minha surpresa e como as coisas não acontece por acaso, pois tudo é designou  de DEUS, logo que mencionei a viúva boliviana e levei Jaime para à  conhecer, quando ele a viu disse em bom português:
-É isto ai! Isto é uma vigarista das maiores aqui na Bolívia, tanto ela como sua filha.
E voltou logo para o carro dando as costas a nos e ficou me aguardando conversar com ele, a viúva ao vê-lo ficou  pálida e não quis conversar voltando imediatamente para dentro de casa.
Então eu voltei e entrei no carro e o liguei saindo dali de perto da casa dela reunindo-nos ao resto da turma que estava no carro do Pepe.
 O Jaime ao desembarcar do carro falou em Espanhol aos outro dizendo tratar da viúva do coronel ( que não me recordo o nome), então todos afirmaram que ela era uma mentirosa e vigarista.
A partir daí começamos a traçar outros planos, agora na companhia dos 4 bolivianos. E após a nossa conversa fomos encontrar uma ( senôrita) Moça uma professora  que disse que nas terra do seu (Abuelo ) avô ou (abuelito )  avozinho como ela falava tinha uma (mina) garimpo de Esmeraldas.
Resolvemos então ir atrás da pedra azul que o Pepe disseque conhecia o homem que a tinha, mas antes, passaríamos pelo povoado onde morava o avô da professora..
Iniciamos a viagem para a cidade (povoado) por nome (TIOTI ) onde mora o avô da tal moça, que dizia  ter o garimpo de esmeralda.
O local era bem longe (para uma C-10 velha e muito antiga) e toda a estrada era apenas uma carreteira ou (cabriteira como eles falavam)  trilha por onde circulava os carros (subtraídos)  do Brasil, ou passavam com  outras coisas que não é bom mencionar.
Tudo isto em locais ermos longe de tudo em meio a fazendas e matas, locais dominado por (?? ), onde a cada 100 ou 500 metros tinha uma tranca (corrente atravessada na estrada vigiada por homens armados que impedia o trafico de carros desconhecidos).
Para nos não houve nenhum empecilho, pois eu tinha o salvo conduto de Dom Fernando (aquele de Santa Cruz)  que somente mostrava o papel e todos abriam as (tranca) para nos passarmos(o homem era influente mesmo!).
Íamos levando a levando a professora e seu sobrinho na camionete do Pepe para conhecermos o seu (abuelo) e saber da verdade  do garimpo de esmeralda, o local era bem longe aproximadamente  uns 90 a 120 quilômetros em estrada de chão. 
A velocidade da caminhonete não ultrapassava a 60 KM/hora  e isto levou de 6h00m da manhã até as 22h30m da noite.
Quando chegamos a sua residência, ai da para ver as condições da ( carreteira )estrada que passamos.
A viagem transcorria bem, o Pepe no volante a professora seu sobrinho junto com ele,  e eu, Jaime, Tino e Raul na carroceria.
O Pepe por sinal era um péssimo motorista talvez nem habilitado (se bem que habilitação não dirige e sim seu possuidor).
Mas, tratando-se da região da Bolívia não era preciso.
A viagem prosseguia até que chegamos ao um leito de rio (ou um rio seco), somente areia e bem no meio a areia úmida fez  com que os pneus afundassem  e não  andava.
Tivemos que então procurar uma solução (mas com nos falamos aqui no Brasil, quem não tem cão caça com gato, por lá eles tem os seus gatos também), desceu da caminhonete e eu perguntei ao Jaime:
-Tem nesta região alguém que possa nos rebocar?
Ai o Pepe disse que estava sempre preparado e subindo na carroceria desembrulhou um tifo com corrente e cabo de aço (tifo  – talha  com capacidade de erguer até 6 toneladas).
Apanhando a ponta da correte amarrou no diferencial da caminhonete, mas onde fixar a outra ponta para puxar o carro?
Não tinha nenhuma arvore próxima ou mesmo um toco onde envolver a ponta do cabo de aço para alavancar.
Meu amigo leitor, eu já tinha ouvido de uns amigos o ocorrido com ele na ilha do Marajó onde o carro que eles estava atolou na areia.
Vou contar o caso:
Saindo de uma região  de pescaria para outra, margeando o rio a corro afundou as rodas na areia; o que fazer para retirá-la?
Conseguir uma junta de Boi para rebocá-lo?
Mas onde em plena selva brasileira?
Ai apareceu um nativo vindo em sua direção e eles perguntaram:
-Moço! Onde podemos encontrar uma junta de bois para retirar o carro da areia? Ele esta atolado!
A pessoa interpelada acabou de se achegar a ele e disse:
-Eu posso ajudar! Você tem um palito de fósforo?
Epá! Ele vai atear fogo no carro? Foi  o pensamento de todos nós.
Mas assim mesmo lhe demos o palito de fósforo, e ele muito calmamente retirou a tampa do (pisto) do pneu e:
-Hei! Espera ai você vai esvaziar o pneu?
Questionou um dos integrantes da pescaria (provavelmente o dono), mas os outros disseram:
- Ora! Deixe ele agir para ver até onde vai a sua ajuda; nos temos bomba para encher os pneu se não der resultado a sua ajuda.
E assim o moço diminuiu o volume de ar nos quatro pneus e os mesmo com menos ar ficou achatado (borrachudo) e não mais atolou no areal.
E Foi possível seguir viagem até o local em que houvesse terra e não areia.
Conosco aconteceu de outra forma, apanharam um pedaço de madeira e amarraram o cabo de aço nele, e o enterraram na areia, não no sentido vertical, mas cavaram um buraco e o colocaram na horizontal, pois quando se forçava o tifo o cabo de aço penetrava fundo até o nível que o pau estava ou seja  no fundo do buraco. 
Assim fomos fazendo até que o carro chegou em uma parte menos arenosa, (PARABENS AMIGOS BOLIVIANOS QUE MOSTRARAM EMTENDER DE FÍSICA), como disse o Matemático,   Físico, Engenheiro, Inventor, e Astrônomo Grego  ARQUIMEDES DE SIRACUSA –“ Me de um apoio e uma alavanca e moverei o mundo”.
Após este incidente retornamos nossa viagem chegando a residência do (abuelo) da professora às  22h00m, em meio a uma ventania impressionante, com ventos cálculo  eu de mais de 80 quilômetros por hora, pois até para andar precisávamos agarra uns aos outros no outro dias.
Fomos apresentado a família e logo após fomos jantar (a hospitalidade deste povo é impressionante, são simples (pobres) mas tremendamente hospitaleiros)
No jantar tinha para variar (Fideo e Pollo ) frango e macarrão.
Estava muito gostosa a (cenar)  janta, pois alem destes dois ingredientes que não falta na mesa dos  bolivianos tinha arroz e abobora (outro ingrediente muito apreciado por eles).
Todos nós tínhamos redes para dormir, porem não permitiram que eu ficasse exposto ao vendo da noite e me colocaram em um quarto juntamente com o Pepe e o Raul.
Tinha uma cama de casal e eles queriam que dormisse nela junto com um dos dois, mas eu me recusei e o Pepe e Raul dormiram nela.
Eu forrei o colchão no chão e fui dormir, somente o Jaime e Tino resolveram ficar ao relento dormindo nas redes.
Ao amanhecer, levantamos e fomos encontrar o Jaime e o Tino, e, ele disse que o vento era tanto que balançava rede até o ponto de quase cair dela, eu imaginei a cena ele rodando ao sabor do vento.
Logo após termos nos levantado fomos convidados a tomar o café matinal o qual consistia de (pan) pão feito em casa,  (calabaza) abobora cozida com a casca para ser comida com (leche) leite e ( azúcar) açúcar, (café solo) café puro.
Comemos e ficamos satisfeitos, agradecemos e logo  iniciamos a conversa sobre o garimpo de esmeralda.
O abuelo (avô) da professora nos disse que realmente tinha um (mina) garimpo em sua (hacienda) fazenda, mas já estava sendo explorado por ( brasileño ) brasileiro, e que os mesmos tinha (cerrardo) fechado tudo ao  (alredor) arredor e não tinha possibilidades de (admisión ) entrada de ninguém, com esta noticia ficamos sem ação.
Resolvemos sai e conhecer o povoado por nome TIOTI, este povoado fica na encosta de uma grande pedra em forma de torre ou obelisco (quando fomos a Santa Cruz passa por ela, mas a noite).  
Para andarmos tínhamos que segurar uns aos outros para não ser carregado pelo vento.
Aproveitamos e tiramos varias fotos, é um lugar muito bonito apesar de ser muito solitário, não tem carro, bicicleta, motos e nem luz elétrica, somente uma vendinha de seco e molhado o  qual servia aos poucos moradores que vimos perambulando por ali.
O acesso a este povoado  e somente através da estrada de ferro ou enfrentar as carreteira esburacadas como nos o fizemos.
A nossa conversa girava em torno de onde conseguir um garimpo ou se alguém tinha algumas pedras.
Ai o Pepe lembro que o tio dele que mora ali perto tinha umas pedras guardada, e  realmente tinhas,  mas uns cristais muito ruins e não tinha perspectiva de produção muito boa. Depois disto resolvemos voltar,  e,  ao retornar pernoitamos na casa do tio do Raul o qual nos apresentou uns filhos e sobrinhos que nos induziram ir até um platô (platô  ou Chapada – pequena extensão de terreno plano situado numa elevação), onde encontraríamos  uma qualidade de orquídea branca (extremamente toda braça).
Entre os platô corria uma água e era possível que ali existisse diamantes pois tinha todos os indícios como borra de café é palha de arroz (minerais que indicava a existência do diamante).
Primeiro arranjamos uma peneira, uma pá e logo nos dispusemos a ir ate o local indicado por eles, os quais foram conosco.
Quando entramos no vale vimos às maravilha de DEUS  em formar tão lidos os platô paralelos uns com os outros.
Logo a nossa (principalmente a minha) ficou imaginando como seria ali antes do dilúvio, comentamos a respeito e iniciamos a subida entre os dois que não tinha mais que uns 3 metros de largura.
O córrego correndo impetuosamente ladeira abaixo tomava mais ou menos 1 metro do espaço ficando uma passagem de 1metro e 50 centímetros para se passar, eram muito lindas, muitas flores e uma água cristalina.
Iniciamos a busca pelos diamantes neste córrego, e as informações que conseguimos eram muito boas.
Recolhemos algumas amostras para serem analisadas em Governador Valadares, se confirmado então nos prepararíamos para explora o local e para misto  precisaríamos de bateias, um gerador portátil afim de fornecer energia para uma maquina extrair o cascalho do fundo do córrego.
De posse de tais amostras retornamos a casa do  tio do Raul, pois já era mais de 10h00m e estávamos com fome, no retorno alguém  sugeriu comprarmos um galo para comermos com macarrão e fomos atrás de que poderia ter.
Na redondeza, encontramos um vizinho do tio do Raul que tinha um galo enorme, perguntei o preço e ele me disse que era 10 bolivianos, pagamos e levamos o galo até a casa em que estávamos hospedado.
Como eu já havia escrito os bolivianos são muito hospitaleiros, quando a tio do Raul vil o galo que não pesava menos que uns 5 quilos vivo ficaram entusiasmados e logo deu inicio ao preparo da ave.
Matou depenou sapecou no fogão, limpou e pós para cozinhar, enquanto isto nos arrumamos nossa redes e ficamos jogando conversa fora com Dom Francisco (este é o nome do dono da casa), quando já era mais ou menos 12h00m o Raul disse que estava nos chamando para (almuerzo) almoço, e mais que depressa atendemos o chamado, (uma curiosidade é que na Bolívia a dona da casa é que serve o seu prato e lhe entrega nas mãos, por isto não havia como escolher o pedaço que você gostaria de comer).
Mas eu não sei se e porque eu tinha comprado o galo ou por ser a visita recebi as duas coxas enorme do galináceo, o que fiquei contente pois a minha parte preferida de aves e a coxa.
Poderia até brincar usando uma maneira de dizer em Minas Gerais (EU GOSTO DO PÉ E DO PEITO O RESTO EU LEVO A EITO).
Almoçamos e aproveitamos para tirar um cochilo na rede que por sinal é o local melhor após um repasto tão forte e farto. 
Usando uma maneira de brinca o que minha (saudosa) esposa brigava comigo pois eu dizia  (ACABO DE ALMOÇAR, ME DA UM MAL DE REDE).
Descansamos até as 14h00m, depois formos andar um pouco, e nos assentamos nos trilhos da estrada de ferro e ali ficamos conversando com as pessoas que se ajuntaram a nos até as 18h00m.
Contando os CAUSOS de nossas explorações no Brasil; quando eu parava um pouco eles pedia para contar mais detalhes sobre o as cidade, principalmente de (San Pablo) São Paulo, e como eu já morei por lá contava a grandeza da cidade e região por onde eu passei  varias vezes, e eles ficavam maravilhados.
Voltamos para a casa e fomos dormir, quando era mais ou menos 4h00m da manhã ouvimos uns trovões e logo a turma começou um frenesi arrumando as redes e me chamara:
-Celso! Levante vamos embora, pois vai chover, e se não conseguirmos chegar pelo menos até próximo a Porto Soares vamos ficar muitos dias na estrada.
Era o Jaime me chamando para ir embora.
Levantei imediatamente e arrumamos tudo e nos despedimos da família de Dom Francisco (mas antes de  nos despedirmos  retirei da carteira 50 bolivianos e dei a dona da casa a qual me agradeceu muito desejando-nos uma boa viagem).
Embarcamos rapidamente no carro e o Pepe saio rápido iniciando uma corrida contra o tempo, mas, antes mesmo de termos viajado uns 50 quilômetros a chuva caio torrencialmente e a camionete começou a deslizar na estrada ( a região onde nos estávamos e de uma terra branca muito fina e pegajosa   e a estrada cheia de buracos  não permitia correr nem manter o carro no meio dela.
Mesmo assim conseguimos andar mais uns 20 quilômetros até que a camionete entrou em uma valeta e agarrou, tentamos de tudo, mas não conseguimos retira-la.
Quando foi lá pelas 10h00m veio em nossa direção uma Toyota, e o Jaime fez sinal para o motorista para, ele parou e o Jaime foi conversar com ele, pouco depois ele voltou e me disse:
-O dono do carro disse que nos rebocaria até a fazenda de Dom Fernando por US$ 100,00 (cem dólares).
Então eu disse:
-US$100,00 (cem dólares)? Não! E muito dinheiro, pois corresponde a 400 pesos bolivianos, diga a ele que dou US$30,00 (trinta dólares).
O Jaime  foi até ele e voltou dizendo que ele só reboca pelo valor que já falou, então eu disse em bom português para ele ir catar coquinho no asfalto, ai o Jaime de disse:
-Calma Celso! Fale mais baixo, pois o homem que esta ao lado do motorista é o dono do carro e ele e o chefe do trafico de ????,  Esse pessoal e muito ruim, e  é capas de nos matar aqui e ir embora,  e ele esta ouvindo.
Ai é que me irritei mais, pois para ele o valor pedido não corresponde a nada em vista do que ganham.
-Jaime, fale para ele que nos temos por escrito um salvo conduto de Dom Fernando lá de Santa Cruz para trafegar nesta estrada, e se ele tentar alguma coisa contra nos ele ficara sabendo, pois ele sabe que estou na região.
O Jaime foi até o carro e falou com ele e imediatamente eles arrancaram o carro e foram embora. 
Só  o nome do homem já causava pânico nas pessoas pelo modo que o motorista saio acelerando. 
 Isto nós já tínhamos presenciado nas trancas ao longo de nossa viagem quando falava e mostrava o salvo conduto com o timbre do mesmo.
O que fazer nesta situação, atolados com frio e fome e sem meio de arranjar uma ajuda, mas como DEUS  não desampara os seus,  o Tino disse que nos passamos em frente uma das sede de Dom Fernando a menos de meia hora.
O Jaime e Tino foram até lá  para ver se conseguia alguém para nos rebocar.
Passo mais ou menos uns 00h40m retornaram com um trator e fomos rebocados até um local mais seco.
Eles mesmos agradeceram o tratorista e nos prosseguimos viagem até outra sede de Dom Fernando já próximo a Porto Soares.
Não prosseguimos viagem  devida já esta tarde e chovendo muito e os que se encontravam na carroceria  sentiam  muito frio.
Entramos no pateio e logo alguém nos atendeu,  e indicados um galpão onde entramos e trocamos de roupa e ficamos aquecendo no fogo até que o Pepe fizesse a janta para nos; arroz com carne seca, depois tomamos um chimarrão e fomos dormir na sede.
Eu dormir em cima de umas calças que encontrei atrás da porta (a pessoa deveria pesar pelo menos uns 150 quilos) calculei pela largura da cintura, coloquei uma 4 no chão que viraram uma cama e cobri com umas enxergas de cavalo (mantas que se coloca embaixo a sela (arreio) para não machucar  o animal.
Quando o dia amanheceu voltamos a Porto Soares, ai eu peguei o carro que tinha alugado e voltei a Corumbá junto com o Jaime deixando o Pepe, o Raul e o Tino em sua casa.
Após uns 2 dias descansando (pois a viagem foi muito cansativa já que fizemos muita força para retirar a caminhonete do atoleiro, mas sem sucesso).
Voltei mais o Jaime próximo a Roboré para encontrar o homem que tinha a pedra azul, mas sem sucesso.
Então ficamos esperando um amigo do Jaime (um filho de Brasileiro com Peruana ) que morava na mata e que tinha visto vestígio de diamantes em suas terras.
Ficamos hospedados por 2 dias em uma propriedade de um fazendeiro Dom Álvares  (que saiu de sua cama para eu dormir, apesar da minha recusa).
Pela manhã do dia seguinte fui até o curral os ver tirarem leite, e em conversa ele me disse que seu vaqueiro estava muito doente, resolvi ir velo, ele estava deitado e com uma febre muito forte.
 Então chamei o Jaime e fomos até a mata ver se encontrava uma arvore de quina (graça a DEUS) encontramos, e eu tirei algumas cascas e voltamos a fazenda onde coloque a casca na água e pedi a dona da casa para lhe dar a água com a quina todas as vezes que ele estivesse com sede.
E como eu já disse que DEUS  esta sempre com os seus servo eu tinha orado por ele e quando foi lá pelas 16h00m ele levantou da cama sem febre e todos ficaram admirados com isto, pois o vaqueiro tinha malaria que é uma enfermidade febril que deixa as pessoas de cama por mais de uma semana.
Ele, ao levantar-se me procurou para agradecer, mas era muito tímido e quase não consegui falar o que o Dom Álvares o fez por ele, abracei-o e disse em espanhol que ele não parasse de tomar água com a quina até se sentir melhor.
O Dom Álvares me perguntou qual o remédio que eu tinha dado ao seu empregado, e eu lhe mostrei a casca da arvore e ele disse que iriam fazer uso dela na água pois na região tinha muita malaria.
Ficamos conversando a respeito de pecuária, e eu lhe  perguntei quantas cabeças de gado bovino ele tinha e ele disse umas 500 cabeças.
Fiquei curioso perguntei quanto ele tinha de pasto pois eu não tinha visto nenhum, e, ele disse que não tinha um pé de capim mas o gado comia folhas na mata.
Vi que todo o rebanho estava gordo e sem berne (berne – parasita colocado por mosca no couro do animal que ao virar (pulpa) penetra no couro), não tinha nem carrapato,  fiquei admirado.
O único prejuízo que ele me disse que tinha era quando uma onça matava uma das reze, pois a região tinha muitas e elas eram muito ferro e este é o motivo que todas as noites o gado era recolhido ao curral.
No outro dia ao levantar, encontramos a nossa espera o ( Bras-peruano) por nome Manoel.
O Jaime o apresentou a mim e me disse que não era necessário falar em espanhol com ele, pois ele fala muito bem o português.
Conversamos um pouco e depois fomos convidados a tomar o café com (pan) pão feito por uma vizinha que vendia em uma pequena mercearia.
Depois de tomar o café e com tudo  acertado partimos para a mata onde morava o Manoel em busca de mais um garimpo de diamantes, pois a pedra azul, nada, mais era do que Ágata a qual foi retirada de uma montanha enorme como pude constatar.
A caminhada durou umas 04h00m até a sua cabana ou moradia provisória ao lado de uma entrada vertical de uma mina de ouro construída pelos índios por ordem dos Jesuítas.
Tratava-se de uma abertura na vertical  de 3 metros de largura por 4 de comprimento toda revestida de tijolos que penetrava pelo chão adentro.
O Manoel me disse que os índios eram escravizados a fim de retirar o ouro na profundeza da terra, ai ele me perguntou se gostaria de descer e entrar na mina, eu disse que não.
Voltamos novamente para a cabana feita de tijolos pelos Jesuítas e ficamos conversando em quanto o Manoel prepara um café (ou melhor, dizendo, um mingau),pois ele colocava 6 colheres de pó de café no coador, 1 de açúcar  e coavam com 2 copos de água, era horrível seu café, mas, eu não podia reclamar (era hospede dele).
O café em todas as regiões que fomos e a primeira refeição, depois sim vem ou o almoço ou a janta, e assim foi conosco ali.
Após um longo papo o Manoel e o Jaime preparou  o almoço, almoçamos e fomos até o local por ele indicado (a onde ele tinha encontrado vestígio de diamante).
Saímos em uma macha força, pois ele disse que era bem longe e devíamos ir e voltar antes do escurecer, pois a região era infestada de felinos perigosos (onças).
Andamos na picada em plena mata por 03h00m até o local, lá chegando fomos até uma área pantanosa e cavamos em sua encosta e retiramos as amostras para serem trazida para o analise em Valadares.
A região onde estava localizado o local da provável mina tinha muito capim como se tivesse sido plantado, ai eu perguntei ao Manoel quem possivelmente o tiinha feito e ele disse que tudo era obra dos Jesuítas e que agora servia para alimentar os bagua ( bagua – animais (bois) que fugia das fazendas e se reproduziam nas matas tornando-se selvagens.
Após apanhar as amostras voltamos na mesma velocidade que fomos  ao passarmos por uma área um tanto úmida ele parou e disse:
-Os animais vêm aqui para comer sal, veja as pegadas da anta e do veado pantaneiro, vou fazer uma espera aqui para consegui carne para mim.
Depois continuou a andar ainda mais depressa, chegamos a sua cabana já iniciando a penumbra.
Chegamos e entramos e ficamos descansando, mais tarde fizemos uma janta  e depois comemos um doce de goiaba em lata e fomos dormir; mais tarde eu comecei a passar mal e a vomitar e tive febre, eu acredito que foi a água que bebi  quando paramos no alagado.
Eu só sei dizer que me deram um remédio muito amargo e permaneceram me vigiando durante o resto da noite (verdadeiros amigos).
Quando o dia amanheceu eu estava um bagaço, todo dolorido, então resolvemos voltar para o povoado as margens da ferrovia  e ficar na casa do Manoel, e assim fizemos.
Fiquei na Bolívia durante uns 45 dias em busca de informações de algum garimpo.
Trouxe para Valadares fotos e indícios de muita riqueza no País inclusive de urânio que por lá tem muito como me mostraram.
Mas o Paulinho disse que não mais tinha mais interesse  e ai desistimos de tais buscas finalizando a nossa aventura na Bolívia.

Fim


Este livro contem  12.296 palavras.



Este não é o fim de minhas andanças (agora) como comprador e explorador de garimpo de pedras preciosas.





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