A LEI, A
ESCRAVIDÃO E A GRAÇA
“E daí?
Havemos de pecar porque estamos debaixo
da lei,
e sim da graça?... Seja do pecado para a
morte
ou da obediência para justiça? Mas graças a
Deus
porque, outrora escravos do pecado, viestes a
obedecer de coração à forma de doutrina a que
fostes
entregues” (Romanos 8:15-17).
Paulo, servo de Nosso Senhor Jesus Cristo (At. 9:18b),
inspirado pelo Espírito Santo de Deus, vendo a depravação na cidade de Roma,
capital do Império; e conhecedor da impureza que permeava à vida de seus
habitantes, e inserido neste contesto não poucos “crentes’, inicia uma ferrenha
luta contra o pecado, a fim de alertar os do “caminho” (nome dado aos
seguidores de Jesus (At. 19:9; 222:4) a se absterem dos maus costumes que
imperava na cidade romana.
Neste tempo Jesus já era assunto aos Céus. Ressuscitado!
“É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanham todo
tempo, que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao
dia em que dentre nós, foi levado as alturas, um destes se torne testemunha
conosco da ressurreição” (At. 1:21-22).
Paulo sabia que seria mal entendido perante as autoridades
judaizantes; uma vez que ELE “Paulo” antes “Saulo de Tarço” ferrenho defensor
da lei mosaica( At.8:3) prendendo e matando muitos, obrigando-os a renegarem a
sua fé em Jesus Cristo crucificado, foi alcançado pela graça (At. 9:4-6) na
estrada de Damasco, sendo por Jesus mesmo designado ‘Apóstolo dos Gentios’
(At.91-19).
Agora transformado de ‘perseguidor a perseguido’ deveria
esclarecer duvidas que paire no coração dos gentios novos convertidos e judeus que creram no filho de Deus durante
sua caminhada na terra.
O primeiro tópico que abordaremos e a LEI, que foi prescrita
por Deus ao seu servo Moises no sentido de aplicá-la aos Hebreus quando saíram
do Egito.
LEI – A lei é a vontade de Deus revelada aos seres humanos para
o julgamento, preceitos, atos etc. (Ex. 16:28; Sl. 119).
No Novo Testamento lemos que Jesus ao explicar aos
discípulos sobre a finalidade da lei disse:
“A seguir, Jesus lhes disse; são estas as palavras que vos
falei, estando ainda convosco: importava que se cumprissem tudo o que de mim
esta escrito na lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (João 10:34; 12:34).
Ao lermos os DEZ MANDAMENTOS
temos que entender que ele e um resumo da LEI de Deus para com a nossa
vida cotidiana (Ex. 20:2-17; Dt. 5:6-21), e Jesus com sua autoridade de FILHO
DE DEUS, E DEUS resumiu ainda mais em termos de amor (Mt 22:37-38), e afirma
categoricamente que toda a lei depende destes dois mandamentos (Mt. 22:40).
Quando Jesus disse: “Não
penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim
cumprir” (Mateus 5:17).
E as Escrituras afirmam que ELE cumpriu cabalmente a lei
cerimonial; enquanto esteve nesta terra, pregou e ensino as escrituras,
trazendo boas novas de salvação a todos que nele cresse, entregando-se como
libação ao Pai em favor de muitos, sendo
crucificado, e morto pelos nossos pecados.
Jesus em cumprimento da lei, ele foi PROFETA, SACERDOTE e
REI, em cumprimento a vontade de Deus Pai.
PROFETA- porque predisse aos seus discípulo que seria morto
(Mc.14:8) e ao terceiro dia ressuscitaria (Mateus 17:9), "Sabendo este que o Pai tudo confiará às suas mão, e que ELE vinha de Deus, e voltaria para Deus" (João 13:3), e muitas outras profecias que se cumprem e se cumprirão pelos tempos eterno até a sua segunda vinda a este mundo para julga-lo.
SACERDOTE- porque a se mesmo se entregou em favor de muitos (João 19:10-11).
REI- porque veio do PAI e retornou a Ele e se encontra assentado no trono da sua Glória (Mateus 25:31; 22:44).
Jesus, porem não "revogou" a LEI MORAL, nem as cumpriu, uma
vez que não tinha e nem teve pecado ( Sl. 51:5), até mesmo em seu nascimento (Mt. 1:18;23),
pois a lei moral não esta IMPLICITAMENTE REGISTRADA mas CLARA E OBJETIVA em Levítico 19:1-37 e Êxodos 20:1-17 mostrando os ‘NÃO’ que são
contra as determinações de Deus.
O segundo tópico que abordaremos e a escravidão, ou sujeição
por outrem ou por algo em nossa vida, nosso viver e morrer.
ESCRAVIDÃO – aprisionamento do desejo ou liberdade de
alguém.
Quando ouvimos ou pronunciamos a palavra escravo,
escravidão, os nossos pensamentos imediatamente se voltam aos tempos idos da
escravatura, tempo dos escravagistas nos anos de 1880 quando no dia 08 de maio
do mesmo ano foi abolida a escravatura no Brasil.
O escravo era pessoa que não tinha liberdade por estar
dominado por outra pessoa; hoje em pleno século XXI a escravatura ainda
continua livre (NÃO PELO PRECONCEITO DA COR OU RAÇA), mas de mulheres que são traficadas
para serrem objeto de promíscuos homens em seus desejos sexuais libertinos.
Existem também pessoas que são tratadas como escravos em
locais onde a lei e esquecida, ou os seus responsáveis compactuam com os
escravagistas, em trabalhos subumanos, sem a menor dignidade que merecem um
trabalhador; isto vê até em grandes centros comerciais (ex. os chinês que são
contrabandeados para trabalha como escravos em nosso país).
As escrituras nos mostram que nos tempos bíblicos havia
escravidão em parte entre os Israelitas os quais tinha o direito de resgata-se,
comprar sua liberdade (Êx. 21:5; Lv. 25:47-55) e eram tratados com dignidade.
Os principais motivos de se fazer escravo entre os
israelitas eram sempre por não poder pagar uma divida contraída (Lv. 25:39);
por haver roubado e não poder restituir o rouco que era acrescido do dobro do
valor do furto (Êx. 22:2-3); ou por ter nascido de pais escravos (Êx. 21:4),
mas com a vida de Jesus ao mundo, este trouxe o alivio a tais pessoas, com a
mensagem de amor (Ef. 6:5-9); Gl 3:28).
Mas a escravidão que Paulo trouxe à tona com exposição da
Epístola aos Romanos, era muito maior do que o aprisionamento do corpo; esta
escravidão que ele se refere e o aprisionamento da alma (Ezequiel 18:20) nos
desejos humanos do pecado, cobiça, morte, da inveja, da calunia em fim de toda
a LEI descrita nos DEZ MANDAMENTOS.
Esta escravidão chamada pecado esta arraigado no ser humano
de uma forma brutal e inconcebível; ela escraviza para a morte; mas não a morte
física pois esta todos nos iremos passar um dia; mas sim para a morte eterna,
para o sofrimento eterno,para o fogo inextinguível (Mt.3:12; Lc 12:33), inferno
(hades) (Mt 18:8-9; 25:46; Lc 16:19-31; 2 pe 2:4; Ap 20:14) para a desgraça que é (destituído da presença
de Deus; ausência de Deus na eternidade).
Esta maldição foi introduzida no coração do ser humano
através dele mesmo em desobediência “NÃO COMERÁS” (Gn 2:17ª) acatando uma mentira
em detrimento a verdade “Então a serpente
disse à mulher: É certo que não morrereis” (Gm 3:4), e a mulher comeu “ Vendo a
mulher que a árvore era boa para se
comer, agradável aos olhos e árvore desejável
para dar entendimento. Tomou-lhe
do fruto comeu e deu também ao marido, e ele comeu”(Gn3:6).
Esta é a única e maior escravidão que não se pode furtar sem
o perdão vindo diretamente de Deus ao pecador arrependido.
(ARREPENDIMENTO -
decisão de mudança total de atitude e de vida, em que a pessoa, por ação
divina, é levada a reconhecer o seu pecado e a sentir tristeza por ele, decidindo-se
a abandoná-lo, baseando sua confiança em Deus, que perdoa (Mt 3:2-8; 2 Co
7:9-10; 2 Pe 3:9) O complemento do arrependimento é a GF, e os dois juntos
constituem a CONVERSÃO).
O terceiro e ultimo tópico abordado nos fala a respeito da
GRAÇA, a qual tem vários sentidos em nosso idioma.
1º- Favores dispensados ou recebidos, mercê, benefícios,
dádiva.
2º- Benevolência,estima, boa vontade.
3º- Ato de clemência do poder público (relativo a presos que
recebem indultos da pena).
4º- Beleza, elegância ou atrativo de fama.
5º- Elegância, estilo.
6º- Dito ou ato espirituoso ou engraçado.
7º- O nome de batismo.
8º- Intimidade.
Mas, nenhum destas citações é a GRAÇA que Paulo estava
falando aos fiéis em Roma; ele falava sobre a graça salvadora que Jesus Cristo
tinha efetivado por seu amor.
A GRAÇA e um FAVOR ou MERCÊ, um ato IMERECIDO de Deus para
com a pessoa que se arrependa de seus pecados e os confessa.
GRAÇA é um DOM ou
VIRTUDE especial concedida por Deus como meio da SALVAÇÃO ou SANTIFICAÇÃO.
Jesus Cristo, não merecia o sofrimento que passou em nosso
lugar para que fossemos salvos da ira do PAI; no entanto ele veio ao mundo sem
pecado (Mt 1:18-25; Lc 2:1-7) e não pecou ( Mt. 4:1-10; Mc. 1:12-13 e Lc
4:1-13) e se ofereceu em morte de cruz depois das barbarias que sofreu para que
‘NÓS’ fôssemos agraciado pelo DOM
INEFAVEL DA GRAÇA SALVADORA E RECONCILIADORA COM
DEUS PAI.
Hoje, muitos ainda vivem uma vida em dissolução (Rm 13:13) e
ainda que ouvem as narrativas do sacrifício de Jesus ao seu favor, O DESPREZAM
, e ABRAÇAM as impudicícias mundanas
dando à costa ao AUTOR E CONSUMADOR DE TODO O ATO DE SALVAÇÃO.
Celso Lanes
Muito bom bem explicado
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